quarta-feira, 7 de abril de 2010
O dumping e o açúcar
Sempre que falo do dumping, me lembro do Dr. Paulo Athayde. Em uma de nossas primeiras reuniões, diante de uma plateia atenta, de candidatos a cirurgia, disse que gostava do dumping porque ele servia, como um guardião atento, contra o uso do açúcar.
- Ainda bem que ele existe; só assim se fica protegido do uso desta substância sem nenhum valor nutritivo e muito calórica.
Para surpresa de todos, Dr. Paulo se disse amigo deste fenômeno que assustava nossos clientes.
Depois da reunião, costumávamos sair para jantar. Paulo gostava de um japonês em Copa, chamado Azumi. Curioso que se recusava a pedir o tradicional combinado de sushi e sashimi. "Viemos a um japonês de verdade, então vamos conhecer esta preciosa cozinha". E tomava a frente com pedidos realmente deliciosos. Como bom gourmet, ele dizia: "Este é de comer rezando!". E íamos saboreando as delícias servidas.
Tínhamos ótimos momentos, e juntos confirmávamos a ideia de que o ato alimentar pode ser um momento de prazer sem culpas. Estávamos presentes, e nos deliciávamos com os sabores em um ritmo, que por mais deliciosa que estivesse a comida, a saciedade se colocava, e então... podíamos conversar. O ambiente de acolhimento e privacidade, bem ao estilo oriental, favorecia ainda mais esta troca. Foi neste momento que o questionei sobre seu elogio ao dumping na reunião.
- Mas, Paulo, você está atribuindo ao dumping uma função que é da reeducação alimentar.
Ele me olhou de forma enérgica e atenta, com uma pausa de quem queria ouvir bons argumentos, e prossegui: "O dumping é uma loteria, não acontece com todos - além disso, tem aqueles que o esperam, depois de uma ingesta de açúcar, já sentados, banalizando seus efeitos. Melhor do que ele, é a abertura para o doce que há nas frutas, nos legumes e até no leite, na sofisticação do paladar.
Falei num fôlego só e esperei, até que ele respondeu com um aceno de que estávamos de acordo com o tema. Sinto saudades deste espaço que tínhamos para botar a conversa em dia e exercitarmos o prazer da boa mesa. Curioso que não me lembro, nas inúmeras vezes que fomos ao Azumi, de termos pedido sobremesa. O que não faltava era o chá, de sabores sofisticados, que tomávamos evidentemente sem açúcar.
Bastava chegar a reunião geral do mês seguinte para o Dr Paulo se dizer novamente um "amigo" do dumping na prevenção da ingesta de açúcar. Sempre me levando a lembrá-lo dos argumentos, aceitos por ele, que colocavam o dumping na condição de um efeito colateral da cirurgia. Ele podia ser evitado por uma nova consciência alimentar em que quantidades fossem trocadas pela qualidade dos alimentos.
Esta era uma discussão importante, que refletia onde terminava a função mecânica das restrições da cirurgia e onde começava a função psicológica das mudanças de posicionamento na relação com a comida e suas escolhas. De qualquer forma, é fundamental darmos informações técnicas sobre o fenômeno do dumping para candidatos à cirurgia e pacientes operados. Informação é poder, e queremos nossos pacientes informados e poderosos em seus processos do pós-obesidade.
Para falarmos do dumping é claro que precisamos falar de um pó branco e doce, um ácido cristalizado, sem qualquer valor nutritivo, chamado açúcar.
Quando jovem, li um livro dedicado ao açúcar que me marcou, e a muitos da minha geração. Sugar Blues, de William Dufty, um médico americano que considerava o açúcar o inimigo numero 1 da boa saúde. Muitos, inclusive eu, evitávamos sua ingesta por considerá-lo uma droga pesada, capaz de nos envenenar e nos enfraquecer diante das forças conservadoras que queríamos transformar.
O modelo de vida e os valores que sustentavam a geração anterior se mostravam impróprios para quem queria viver todo seu potencial de felicitação e realização. Seu autor escrevia bem e de forma panfletária sugeria que nos afastássemos daquela "droga" que iria destruir a saúde de uma sociedade que precisava manter-se saudável para enfrentar seus muitos desafios.
Era um tempo em que toda uma geração lutava por um mundo melhor, por liberdade, pela paz, e por um exercício amoroso e sexual sem hipocrisias, onde as diferenças entre homens e mulheres não acarretassem tantas desigualdades. Me encantava a bandeira do movimento feminino: diferentes mas não desiguais! No Brasil vivíamos forte opressão de um regime militar, que oferecia "o pão e o circo" como uma fonte de controle e submissão.
Tempos rebeldes. Queríamos reverter a ordem imposta, e o açúcar se tornou vilão, o provedor de uma doce ilusão da realidade que nos empenhávamos em mudar. Este tempo ficou para trás, os anos 70 passaram e suas lutas trouxeram conquistas e liberdades que hoje as novas gerações usufruem. No Brasil vivemos em uma democracia, conquistamos a tão desejada liberdade de expressão, e hoje, mais do que conteúdos panfletários, as informações balizadas têm valor.
E neste processo banalizamos o consumo desta substância, que passou de veneno a alimento imprescindível na nossa alimentação - até de nossas crianças e bebês, ditando um paladar sem sutilezas, com muito açúcar e muito sal. Coitadas das nossas papilas degustativas, que com este bombardeio se inibem, deixando de sentir as nuances do bom paladar.
Embora eu tenha me acostumado ao café sem açúcar, resquício desta época, ele deixou de ser "o veneno a serviço do mal". A flexibilidade diante desta substância foi tal que a Coca-Cola, por exemplo, passou a estar diretamente associada às minhas refeições nos restaurantes, preferencialmente acompanhada de gelo e limão. Não fazendo mais diferença o fato de esta empresa multinacional ser a maior consumidora de açúcar do mundo.
No pedido ao garçon ela é quem chega primeiro à mesa, com seu ar de inocência, sem teor alcóolico, algo que qualquer criança pode saborear. Quem hoje já não viu, ou ouviu falar de Coca-Cola servida em mamadeira? E na obesidade infantil?
Quando, em 2004, tive um grave problema de saúde e perdi o rim direito, tive a prescrição de beber no mínimo 2 litros de água por dia. Achei muito, até me lembrar de pacientes que bebiam 4 litros de Coca em um só dia. Hoje, curado, consigo entender a felicitação de quem supera sua obesidade.
Não preciso lembrar que atendo obesos mórbidos e superobesos, e que há uma relação direta entre Coca-Cola e obesidade mórbida.
Voltando ao açúcar, é bom lembrarmos de sua qualidade de ser uma droga prazerosa, um ácido cristalizado extremamente calórico, sem qualquer valor nutricional, que precisa ser usada com moderação e cautela. Estudos confirmam que se trata de uma substância nociva no consumo puro ou em grandes quantidades.
Para os nossos ancestrais o sabor doce sempre foi muito apreciado e dava muito prazer. Gosto de lembrar que tudo que é fundamental para a preservação da espécie vem acompanhado de prazer. O prazer do sabor adocicado servia de indicador para se distinguir o alimento saudável dos venenosos e estragados. Portanto, este prazer não estava associado a algo nocivo e perigoso, como nos dias de hoje; ao contrário, tinha função preservadora.
Além disto, junto ao sabor dos frutos e frutas, eram ingeridas as fibras destes alimentos. Uma digestão, portanto, muito diferente daquela proveniente de altas concentrações de açúcar, produto industrializado com alto grau de pureza e refinamento, sem presença de fibras.
Este ácido cristalizado, inclusive, está sempre presente em nossas mesas. Põe-se açucar no mamão e até no Nescau do filho, que é um achocolatado cheio desta substância, e o resultado paradoxal é não sentirmos o doce sabor dos alimentos. Nos tornamos grosseiros com o paladar, que só registra como saboroso algo que acaba por nos fazer muito mal, o que nos torna contraditórios, ao ponto de não vivermos sem aquilo que pode até abreviar nossas vidas.
O açúcar, por ser algo tão refinado, sem qualquer nutriente, vai direto para o sangue, chegando rápido demais na corrente sanguínea, aumentando subitamente seu nível de glicose. Aí, o pâncreas é obrigado a produzir uma quantidade extra de insulina. A insulina produzida é que baixa o nível da glicose; então você come mais açúcar, sobe o nível de glicose, aumenta a produção de insulina, baixa o nível de glicose novamente.
Este ciclo permanente é tão intenso que o pâncreas, na expectativa de novas ingestas, já produz por conta. Atordoado, sai produzindo insulina, chegando ao ponto de você comer um bombom e ele produzir insulina para uma caixa inteira. Este é o ponto da hipoglicemia, um estágio considerado pré-diabético.
A total ausência de nutrientes do açúcar, que faz com que ele seja digerido quase instantaneamente, provocando rápida elevação no nível de glicemia, otimiza o depósito de gordura nas células, nos engordando.
Além disso, um dos efeitos nocivos da subida rápida da glicose no sangue é o aumento da secreção de insulina pelas células do pâncreas. É este hormônio que joga a glicose para o interior da célula, onde será metabolizada para se transformar em energia. Insulina em excesso baixará as taxas glicêmicas rápido demais, o que pode acarretar aumento do apetite para novas ingestas de açúcares.
É neste contexto digestivo que acontece o Dumping um efeito colateral da cirurgia, em que soma-se o tamanho do novo estômago ao fato de deixar-se de ter, na sua saída, a válvula chamada piloro (que acompanhou o estômago maior, que já não recebe o alimento). Estes fatos produzem uma passagem rápida dos conteúdos gástricos para o intestino, e tratando-se de açucares este conteúdo, pode acarretar os efeitos paradoxais de hipoglicemia e seus sintomas.
Os sintomas mais comuns são náusea, fraqueza,sensação de desmaio, suor frio e diarreia, que poderão ser evitados e vistos como alerta: tive dumping = estou comendo mal. Seja pela seleção de alimentos, seja pela rapidez com que estou mastigando e engolindo.
A gastroplastia desmascara um alimento branco e inocente, mostrando o que os glutões de doces e balas, adultos e crianças só perceberão através dos resultados dos seus exames clínicos. Não se come tanto açúcar assim impunemente.
- Ainda bem que ele existe; só assim se fica protegido do uso desta substância sem nenhum valor nutritivo e muito calórica.
Para surpresa de todos, Dr. Paulo se disse amigo deste fenômeno que assustava nossos clientes.
Depois da reunião, costumávamos sair para jantar. Paulo gostava de um japonês em Copa, chamado Azumi. Curioso que se recusava a pedir o tradicional combinado de sushi e sashimi. "Viemos a um japonês de verdade, então vamos conhecer esta preciosa cozinha". E tomava a frente com pedidos realmente deliciosos. Como bom gourmet, ele dizia: "Este é de comer rezando!". E íamos saboreando as delícias servidas.
Tínhamos ótimos momentos, e juntos confirmávamos a ideia de que o ato alimentar pode ser um momento de prazer sem culpas. Estávamos presentes, e nos deliciávamos com os sabores em um ritmo, que por mais deliciosa que estivesse a comida, a saciedade se colocava, e então... podíamos conversar. O ambiente de acolhimento e privacidade, bem ao estilo oriental, favorecia ainda mais esta troca. Foi neste momento que o questionei sobre seu elogio ao dumping na reunião.
- Mas, Paulo, você está atribuindo ao dumping uma função que é da reeducação alimentar.
Ele me olhou de forma enérgica e atenta, com uma pausa de quem queria ouvir bons argumentos, e prossegui: "O dumping é uma loteria, não acontece com todos - além disso, tem aqueles que o esperam, depois de uma ingesta de açúcar, já sentados, banalizando seus efeitos. Melhor do que ele, é a abertura para o doce que há nas frutas, nos legumes e até no leite, na sofisticação do paladar.
Falei num fôlego só e esperei, até que ele respondeu com um aceno de que estávamos de acordo com o tema. Sinto saudades deste espaço que tínhamos para botar a conversa em dia e exercitarmos o prazer da boa mesa. Curioso que não me lembro, nas inúmeras vezes que fomos ao Azumi, de termos pedido sobremesa. O que não faltava era o chá, de sabores sofisticados, que tomávamos evidentemente sem açúcar.
Bastava chegar a reunião geral do mês seguinte para o Dr Paulo se dizer novamente um "amigo" do dumping na prevenção da ingesta de açúcar. Sempre me levando a lembrá-lo dos argumentos, aceitos por ele, que colocavam o dumping na condição de um efeito colateral da cirurgia. Ele podia ser evitado por uma nova consciência alimentar em que quantidades fossem trocadas pela qualidade dos alimentos.
Esta era uma discussão importante, que refletia onde terminava a função mecânica das restrições da cirurgia e onde começava a função psicológica das mudanças de posicionamento na relação com a comida e suas escolhas. De qualquer forma, é fundamental darmos informações técnicas sobre o fenômeno do dumping para candidatos à cirurgia e pacientes operados. Informação é poder, e queremos nossos pacientes informados e poderosos em seus processos do pós-obesidade.
Para falarmos do dumping é claro que precisamos falar de um pó branco e doce, um ácido cristalizado, sem qualquer valor nutritivo, chamado açúcar.
Quando jovem, li um livro dedicado ao açúcar que me marcou, e a muitos da minha geração. Sugar Blues, de William Dufty, um médico americano que considerava o açúcar o inimigo numero 1 da boa saúde. Muitos, inclusive eu, evitávamos sua ingesta por considerá-lo uma droga pesada, capaz de nos envenenar e nos enfraquecer diante das forças conservadoras que queríamos transformar.
O modelo de vida e os valores que sustentavam a geração anterior se mostravam impróprios para quem queria viver todo seu potencial de felicitação e realização. Seu autor escrevia bem e de forma panfletária sugeria que nos afastássemos daquela "droga" que iria destruir a saúde de uma sociedade que precisava manter-se saudável para enfrentar seus muitos desafios.
Era um tempo em que toda uma geração lutava por um mundo melhor, por liberdade, pela paz, e por um exercício amoroso e sexual sem hipocrisias, onde as diferenças entre homens e mulheres não acarretassem tantas desigualdades. Me encantava a bandeira do movimento feminino: diferentes mas não desiguais! No Brasil vivíamos forte opressão de um regime militar, que oferecia "o pão e o circo" como uma fonte de controle e submissão.
Tempos rebeldes. Queríamos reverter a ordem imposta, e o açúcar se tornou vilão, o provedor de uma doce ilusão da realidade que nos empenhávamos em mudar. Este tempo ficou para trás, os anos 70 passaram e suas lutas trouxeram conquistas e liberdades que hoje as novas gerações usufruem. No Brasil vivemos em uma democracia, conquistamos a tão desejada liberdade de expressão, e hoje, mais do que conteúdos panfletários, as informações balizadas têm valor.
E neste processo banalizamos o consumo desta substância, que passou de veneno a alimento imprescindível na nossa alimentação - até de nossas crianças e bebês, ditando um paladar sem sutilezas, com muito açúcar e muito sal. Coitadas das nossas papilas degustativas, que com este bombardeio se inibem, deixando de sentir as nuances do bom paladar.
Embora eu tenha me acostumado ao café sem açúcar, resquício desta época, ele deixou de ser "o veneno a serviço do mal". A flexibilidade diante desta substância foi tal que a Coca-Cola, por exemplo, passou a estar diretamente associada às minhas refeições nos restaurantes, preferencialmente acompanhada de gelo e limão. Não fazendo mais diferença o fato de esta empresa multinacional ser a maior consumidora de açúcar do mundo.
No pedido ao garçon ela é quem chega primeiro à mesa, com seu ar de inocência, sem teor alcóolico, algo que qualquer criança pode saborear. Quem hoje já não viu, ou ouviu falar de Coca-Cola servida em mamadeira? E na obesidade infantil?
Quando, em 2004, tive um grave problema de saúde e perdi o rim direito, tive a prescrição de beber no mínimo 2 litros de água por dia. Achei muito, até me lembrar de pacientes que bebiam 4 litros de Coca em um só dia. Hoje, curado, consigo entender a felicitação de quem supera sua obesidade.
Não preciso lembrar que atendo obesos mórbidos e superobesos, e que há uma relação direta entre Coca-Cola e obesidade mórbida.
Voltando ao açúcar, é bom lembrarmos de sua qualidade de ser uma droga prazerosa, um ácido cristalizado extremamente calórico, sem qualquer valor nutricional, que precisa ser usada com moderação e cautela. Estudos confirmam que se trata de uma substância nociva no consumo puro ou em grandes quantidades.
Para os nossos ancestrais o sabor doce sempre foi muito apreciado e dava muito prazer. Gosto de lembrar que tudo que é fundamental para a preservação da espécie vem acompanhado de prazer. O prazer do sabor adocicado servia de indicador para se distinguir o alimento saudável dos venenosos e estragados. Portanto, este prazer não estava associado a algo nocivo e perigoso, como nos dias de hoje; ao contrário, tinha função preservadora.
Além disto, junto ao sabor dos frutos e frutas, eram ingeridas as fibras destes alimentos. Uma digestão, portanto, muito diferente daquela proveniente de altas concentrações de açúcar, produto industrializado com alto grau de pureza e refinamento, sem presença de fibras.
Este ácido cristalizado, inclusive, está sempre presente em nossas mesas. Põe-se açucar no mamão e até no Nescau do filho, que é um achocolatado cheio desta substância, e o resultado paradoxal é não sentirmos o doce sabor dos alimentos. Nos tornamos grosseiros com o paladar, que só registra como saboroso algo que acaba por nos fazer muito mal, o que nos torna contraditórios, ao ponto de não vivermos sem aquilo que pode até abreviar nossas vidas.
O açúcar, por ser algo tão refinado, sem qualquer nutriente, vai direto para o sangue, chegando rápido demais na corrente sanguínea, aumentando subitamente seu nível de glicose. Aí, o pâncreas é obrigado a produzir uma quantidade extra de insulina. A insulina produzida é que baixa o nível da glicose; então você come mais açúcar, sobe o nível de glicose, aumenta a produção de insulina, baixa o nível de glicose novamente.
Este ciclo permanente é tão intenso que o pâncreas, na expectativa de novas ingestas, já produz por conta. Atordoado, sai produzindo insulina, chegando ao ponto de você comer um bombom e ele produzir insulina para uma caixa inteira. Este é o ponto da hipoglicemia, um estágio considerado pré-diabético.
A total ausência de nutrientes do açúcar, que faz com que ele seja digerido quase instantaneamente, provocando rápida elevação no nível de glicemia, otimiza o depósito de gordura nas células, nos engordando.
Além disso, um dos efeitos nocivos da subida rápida da glicose no sangue é o aumento da secreção de insulina pelas células do pâncreas. É este hormônio que joga a glicose para o interior da célula, onde será metabolizada para se transformar em energia. Insulina em excesso baixará as taxas glicêmicas rápido demais, o que pode acarretar aumento do apetite para novas ingestas de açúcares.
É neste contexto digestivo que acontece o Dumping um efeito colateral da cirurgia, em que soma-se o tamanho do novo estômago ao fato de deixar-se de ter, na sua saída, a válvula chamada piloro (que acompanhou o estômago maior, que já não recebe o alimento). Estes fatos produzem uma passagem rápida dos conteúdos gástricos para o intestino, e tratando-se de açucares este conteúdo, pode acarretar os efeitos paradoxais de hipoglicemia e seus sintomas.
Os sintomas mais comuns são náusea, fraqueza,sensação de desmaio, suor frio e diarreia, que poderão ser evitados e vistos como alerta: tive dumping = estou comendo mal. Seja pela seleção de alimentos, seja pela rapidez com que estou mastigando e engolindo.
A gastroplastia desmascara um alimento branco e inocente, mostrando o que os glutões de doces e balas, adultos e crianças só perceberão através dos resultados dos seus exames clínicos. Não se come tanto açúcar assim impunemente.
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