quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O que um candidato à cirurgia precisa saber,
e um operado não deve esquecer
e um operado não deve esquecer
O “pulo do gato” deste projeto é estar aberto às mudanças, principalmente as alimentares, com ajuda deste novo aliado: o estômago reduzido. Trocar quantidade de comida pela qualidade da alimentação, a culpa alimentar pelo prazer de nutrir-se e o empanzinamento pela saciedade precoce representará a tão propagada reeducação alimentar e o sucesso deste projeto.
Comer é a principal fonte de vida que temos, e é justo que não banalizemos o momento em que nos abastecemos desta energia. Como gostamos de comer, é natural que o façamos de forma mais presente, usufruindo plenamente deste momento, e isto também faz parte da sua reeducação alimentar.
Costumo dizer que, se comer é tão bom, por que então comemos tão distraídos? Por que comemos vendo tv ou no computador? Um desperdício de uma experiência prazerosa e uma prática que o novo estômago se recusará a compactuar. Ele te pedirá a plena atenção nas ingestas, e você poderá fazer desta nova exigência um ritual prazeroso em nutrir-se.
Gostar de comer não representa uma “cabeça de gordo”. Sua melhor representação, ao contrário, é a culpa de comer e a enorme ansiedade que acompanha este momento.
Tornar-se um gourmet abrindo-se para novos sabores, mantendo-se curioso para conhecer suas novas preferências, sem estar preso a padrões alimentares que te levaram à obesidade, este é o bom posicionamento que a cirurgia favorece, e esta é uma oportunidade que você deve aproveitar.
Agora, se você quiser ficar no “conhecido”, muito identificado com uma doença crônica, confundindo-se com ela sem poder experimentar o novo, aí você poderá trair seu desejo de vencer a obesidade e até contrariar a estatística favorável que a terapêutica cirúrgica oferece. Vai depender muito de você.
Se você confrontar a cirurgia, te garanto que você é mais forte do que ela, e sempre que lutar contra seus resultados você vencerá, mas esta vitória só lhe trará frustração.
Te asseguro que, embora a cirurgia dificulte o exercício do velho padrão alimentar, ela não vai se impor à sua vontade, de manter-se no conhecido.
Por isso, aceitar o novo, estabelecendo uma cumplicidade com o projeto, aceitando seus efeitos restritivos e principalmente a saciedade precoce que ele promove será a sua parte do processo, para então conhecer o melhor dos mundos, em que estará livre para comer e também para parar de comer, deixando de ser refém dos alimentos.
Tenho a satisfação de ter acompanhado inúmeros casos comoventes, em que o desejo de emagrecer foi resgatado, superando fracassos e frustrações anteriores e finalmente realizado.Uma realização alcançada pela superação de desejos inconscientes de permanecer, como antes, em velhos padrões de sofrimento.
Esta é uma tarefa terapêutica e posso dizer como é gratificante alcançá-la.
Superar uma doença crônica e perversa como a obesidade traz uma felicitação interna poderosa, capaz de promover muitas mudanças na sua vida, e o mérito destas conquistas será seu, que aproveitou a oportunidade e se reposicionou diante da vida e dos alimentos que a sustentam.
E se isso já foi possível para tantos, é claro que será para você também.
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Como Sr. sempre diz Namorar a comida...SENTIR , COMER DEVAGAR E SABORIAR COM ATENÇÃO...Abraço!!
ResponderExcluirAdoro Sr!!
Edna Germano
Olá DºArruda! Que felicidade em lhe encontrar aqui na net! Já lí todas as suas postagens, e estou amando! As postagens são muito esclarecedoras, tanto para nós que já operamos, como para os que ainda vão operar! Estarei sempre aqui! Meu nome é Adriana Lopes, sua paciente!rsrsrsrs... Lá no meu blog tem um pouquinho de minha história, na luta pelo emagrecimento! Mas agora graças a Deus e a toda a equipe Surgery Center vou poder reescreve-la, mas agora com a certeza que vencerei, esta inimiga que se chama obesidade! Beijos em seu coração!!!! Drikka!
ResponderExcluirOlá, Arruda. Muito bom seu estilo ao nos avivar a consciência sobre o amor à vida, ao corpo e à mente. Parabéns pela nova fase de "blogueiro", e me permita mandar um beijo "espiritual" para a Vovó Nair!
ResponderExcluirEla é a grande responsável ancestral pela dedicação com que você, ótimo profissional da psicologia, enfrenta os desafios de acompanhar e ajudar os obesos e ex-obesos na sua caminhada árdua em busca de melhor qualidade de vida.
Um beijo da paciente e amiga
Cida Torneros
Olá, Dr José Arruda.
ResponderExcluirAdorei tudo que li,com certeza vai ser de grande ajuda o seu blog na minha pré-c e na pós-c.
E já botei em prática, a questão de prestar mais atenção no que estou comendo,olhar bem para o prato e etc...
Ass: Edjane Maria